O Tech House ou Techno House é um subgênero da música eletrônica que teve seu início em meados dos anos 90 pelas influências do House Music de Detroit, Chicago e também no Reino Unido. O subgênero mistura os elementos do techno e do House que são facilmente reconhecidas por suas características pelos ouvintes como os Grooves de Basslines e baterias bem construídas para ninguém ficar parado nas pistas de dança.
Mas esse subgênero será a bola da vez na volta dos eventos nas pistas brasileiras? Segundo a plataforma de análise e pesquisa musical VIBRATE, foi publicado um relatório da Beatport de 2020 que considerou o Tech House como permanente das faixas mais populares na plataforma de vendas de Música Online representando 39% das 100 melhores faixas de 2020, como exemplo, temos a “Move Your Body” de Marshall Jefferson e Solardo e a “Hooked” de Martin Ikin. Além disso, também podemos citar o surgimento de novos artistas como John Summit com as faixas “Deep End”, “Make Me Feel” e “Beauty Sleep” , que também alcançaram o topo do Beatport e tem servido de inspiração para inúmeros DJs e Produtores brasileiros.


O aumento da comercialização do Tech House já não é uma novidade. Desde o lançamento da “Losing It” do Fisher em 2019, o subgênero ganhou muita força no cenário mundial e muito bem absorvido nas pistas brasileiras. Dessa forma, grandes eventos e festivais como Só Track Boa, Warung Tour e do Not Another Fuking festival deram uma maior visibilidade para o subgênero no Brasil trazendo assim, artistas renomados como o próprio Fisher, Chris Lake, Solardo e entre outros.
Vale ainda ressaltar, que as voltas das pistas no exterior tem dado espaço para as tracks de artistas brasileiros, como exemplo, a “Shake it” do INNDRIVE, na qual mesmo que ainda lançada em 2020 pela Hub Records, a volta das pistas e a força de apps como o Tik Tok , fizeram com que a track alcançasse milhões de plays em alguns dias, atingindo assim, o top 50 virais do mundo e top 1 em vários países como Mexico, Argentina, Colombia e entre outros no Spotify.

Sendo assim, como podemos observar, a influencia externa do Tech House em 2019 afetou diretamente as pistas brasileiras, como também a influência brasileira no exterior em 2021. E seguindo essa linha de pensamento, a grande fatia de mercado nas vendas de música online dominada pelo Tech House na Beatport em 2020 poderá seguir exemplo de tendência de subgênero para as pistas brasileiras em 2021.

Então, a pergunta de 1 milhão de reais, o Tech House será a vertente do momento na volta das pistas? Apesar da forte tendência do Tech House e diante de tantos outros subgêneros de sucesso no Brasil como o Bass House e Progressive House, deixarei essa discussão para os amantes da música eletrônica assim como eu. Por conta disso, vale sempre a discussão e a reflexão.