Muito foi especulado sobre como seria a volta das pistas após um longo período de espera! O hiato dos eventos em 2020 e 2021 provocou o surgimento de novos gêneros e reforçou o destaque de vários outros já existentes. Já em 2022, a cena da música eletrônica voltou com força total.
O retorno de grandes festivais como o EDC, do público em eventos como o Cercle e das grandes festas no Brasil tem mostrado algumas questões em comum. Eventos como a Timewarp, a Afterlife e a Só Track Boa, apesar de possuírem propostas diferentes, estão reafirmando a força dos gêneros melódicos e a ascensão de seus artistas.
Os maiores selos do mundo estão investindo cada vez mais na disseminação dos gêneros pelos festivais e pelas maiores labelsdo mercado. Festas da cena underground estão apostando suas fichas e flertando com o mainstream, como é o caso da BOMA. O Melodic House & Techno e o Progressive House são as principais vertentes que estão dominando a cena.
Devido à pandemia, tracks que eram feitas exclusivamente para a pista foram perdendo suas forças e músicas que arriscavam em melodias progressivas e acordes constantes caíram no gosto dos amantes da música eletrônica. Mesmo com a volta dos eventos, esse gosto parece não estar se perdendo.
Ao contrário do que a maioria imaginava, os gêneros melódicos estão dominando as pistas pelo mundo inteiro e os artistas dessas vertentes conquistando seu espaço. Em Belo Horizonte, por exemplo, nomes como ARTBAT e Kölsch fizeram história em um dos melhores eventos que já aconteceram na cidade, a BOMA.
Labels como a RED ROOM apostam em artistas desses gêneros e vem, merecidamente, ganhando o reconhecimento do público. Outro exemplo a se destacar ocorreu pela exaltação de KOROLOVA, uma expoente do Melodic, no festival mais mainstream do país, a Só Track Boa.


Há algum tempo, fizemos uma matéria sobre o Tech House e como ele estava ganhando proporção e se tornando um dos gêneros de música eletrônica mais ouvidos e tocados do planeta. Dito e feito: recentemente o Tech House conquistou o título de “gênero mais popular da música eletrônica” pelo Beatport. Porém, acreditamos que algumas coisas estão mudando.
A vinda de KASABLANCA à Só Track Boa, as tracks ovacionadas de RÜFÜS DÜ SOL, o descobrimento por parte do grande público de artistas como Monolink, Anyma e Yotto possuem alguns fatores convergentes. Tudo isso está diretamente atrelado à chegada de grandes festivais do gênero e da aposta dessas grandes marcas no público brasileiro.
Afterlife, Timewarp, BOMA e CERCLE são apenas alguns dos exemplos do que está por vir nas próximas temporadas ao Brasil. Acreditamos que os gêneros melódicos como o Melodic House & Techno, o Progressive House e o Organic são os grandes palpites para o que irá reinar nos próximos anos no mundo da música eletrônica.
Tracks como o remix de “Return to Oz” de ARTBAT para Monolink possuem números muito expressivos. Somados, são cerca de mais de 200 MILHÕES de streamings nas principais plataformas digitais desde o seu lançamento.
É fato que o Tech House acabou de ocupar a posição de gênero mais ouvido do planeta e ainda vai figurar por lá por algum tempo. Contudo, o grande público, cada vez mais, tem tomado conhecimento e abraçado artistas que há pouco eram considerados “undergrounds”. A ascensão de uma vertente não acontece da noite pro dia, é um processo vagaroso e, muitas vezes, pode nunca atingir um grande ápice.
Movimentações como a mudança de estilos sonoros de artistas como Vintage Culture para vertentes mais melódicas demonstram como a tendência para que esses gêneros se perpetuem nos próximos anos é uma hipótese a ser considerada. Recentemente, o artista tocou em um dos festivais de maior representação e conceito das vertentes melódicas pelo mundo, o CERCLE!